O percurso

Etapa 6 – Chafariz da Colher

Descrição dO percurso

Voltamos à Rua de Miragaia e no final desta encontramos o Chafariz da Colher, uma das fontes mais antigas da cidade, construída em granito em 1491. O nome deve-se ao facto de ter sido custeada com parte do Imposto de Colher (medida de pesagem), aplicado aos géneros alimentícios que entravam na cidade, antes muralhada.

A água era considerada uma das melhores da cidade, que vinha do Frio. Voltando um pouco atrás, viramos à esquerda e seguimos pela Rua do Cidral de Baixo, subimos as Escadas dos Armazéns e viramos à direita na Rua do Cidral de Cima, encontrando a Fonte do Antigo Mercado do Peixe. A fonte é um tanque retangular e com bicas circulares e estava situada junto ao Mercado do Peixe/antiga Alameda da Cordoaria. Esteve ativo 80 anos e fechou na década de 50 do século XX. Nesse local foi edificado o atual Palácio da Justiça, onde funciona o Tribunal da Relação do Porto.

Seguimos pela Rua do Monte dos Judeus e encontramos à esquerda as Escadas do Monte dos Judeus. Estas escadas davam acesso ao reduto onde viviam os judeus, cuja presença, no Porto, é muito antiga. Existiram três judiarias nesta cidade: a primeira foi a Judiaria Velha/Sé. A segunda Judiaria/Monchique, fora da muralha com sinagoga (localizada no atual Convento de S. Bento da Vitória), um bairro habitacional e cemitério (possivelmente onde está o Palácio das Sereias).

A terceira judiaria, Judiaria Nova do Olival ou da Vitória, existiu no antigo Campo do Olival (atual Cordoaria).

curiosidades

Junto à Igreja de S. Pedro de Miragaia encontra-se a Rua Tomás Gonzaga. Tomás António Gonzaga nasceu em Miragaia a 11 de agosto de 1744. Foi um jurista, poeta e ativista político participante da Inconfidência Mineira, movimento pela independência de Minas Gerais, precursor do processo que conduziu à separação do Brasil de Portugal. Considerado o mais proeminente dos poetas árcades, é ainda hoje estudado em escolas e universidades por seu “Marília de Dirceu”

O prédio situado na Rua de Miragaia, nº104, encontra-se assinalado com uma placa evocativa de Tomás Gonzaga.